quinta-feira, 20 de março de 2014

Incapaz. Érick Freire

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Linguística, linguada, linguaruda mal amada.
Incapaz? Eu?
O sangue subiu pela cabeça, se pudesse arrancaria aquele pescoço.
Pescoço duro, arrogante, irritante, inquieto fiquei por causa daquela afronta.
Ódio, horror, raiva sentimento enrustido de pressão interna, compressão eterna.
Que estúpida empalemada gritou comigo!
Acha que é dona do mundo, mas não conquistou nem sequer um coração. A madre fechada era a razão da sua cólera, horrível, horrorosa.

Medíocre atitude. Professora? Não. Carrasca das letras que humilha alguém que quer aprender. Arrasa, enterra, oprime e gela, congela o conhecimento que agora floresce.
Algoz é seu nome, professora desalmada, encrustada em ralo conhecimento intelectualizado pelos óculos ofuscados pelo calor de sua ira possessa de ódio daqueles que a indagam.
Humilhante situação, aquele momento foi triste, doce desilusão de um aluno que acabara de entrar na universidade e de cara é chamado de incapaz.
Incapaz é ela que humilha seu discípulo.
Incapaz é ela que não consegue enxergar.
Incapaz é ela que solitária vive.
Incapaz é ela que não sabe amar.
Incapaz é ela que não sabe viver.
Incapaz é ela que sofre solitária porque ninguém a ouve com respeito.
Incapaz é ela que não entende que alguém pode articular o mesmo conhecimento com suas próprias palavras.
Este é o segredo do aprendizado, isto é inteligência, articular o que se aprende com muita competência.

Érick Freire
Escritor e articulista

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